Como reagir a essa pandemia de forma inteligente e segura

A maternidade traz alegrias, desafios e, acima de tudo, muita responsabilidade com a saúde. Durante esse período tão delicado, é essencial estar atenta a qualquer sinal do corpo — especialmente quando falamos de problemas respiratórios mais sérios, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Neste artigo, vamos explicar de forma direta o que é essa condição, quais são os sintomas que merecem atenção, suas principais causas e os tratamentos disponíveis. Afinal, cuidar de você é também cuidar do seu bebê.

O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave?

A SRAG é uma condição respiratória severa que compromete os pulmões e pode evoluir rapidamente. Ela é caracterizada pela falta de ar súbita, queda na saturação de oxigênio e inflamação nos pulmões.

Apesar de ser mais comum em pessoas com o sistema imunológico fragilizado, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) também estão no grupo de risco. Isso acontece porque o corpo da mulher passa por várias alterações hormonais e imunológicas nesse período.

Quais são os sintomas da SRAG?

A SRAG pode começar como uma gripe comum, mas evolui de forma agressiva. Os sintomas geralmente incluem:

1. Falta de ar intensa

É o sinal mais importante. A mamãe sente que está “sufocando”, mesmo em repouso ou com pouco esforço.

2. Febre alta e persistente

Se a febre dura mais de dois dias e não responde bem a medicamentos comuns, acenda o alerta.

3. Tosse seca ou com secreção

A tosse não melhora e pode vir acompanhada de dor no peito.

4. Dor ou pressão no tórax

É comum que a dor aumente ao respirar fundo.

5. Lábios ou extremidades arroxeadas

Isso é sinal de que o oxigênio no sangue está em níveis baixos — e exige atendimento médico imediato.

Quais são as principais causas?

A SRAG não tem uma única causa. Na verdade, ela pode ser provocada por diferentes agentes infecciosos. Entre os principais estão:

  • Vírus respiratórios como influenza (gripe), COVID-19, vírus sincicial respiratório (VSR)

  • Bactérias, como as que causam pneumonia

  • Complicações de doenças crônicas, como asma ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)

Durante a gravidez, a imunidade naturalmente cai um pouco, tornando a mulher mais vulnerável a essas infecções. Além disso, o crescimento do útero pressiona o diafragma, dificultando a respiração em algumas fases da gestação.

Qual é o tratamento para a SRAG?

Atendimento médico imediato

Se você sentir qualquer um dos sintomas graves que citamos acima, não espere em casa. A SRAG pode evoluir em poucas horas. Procure um pronto atendimento, especialmente se estiver grávida ou no pós-parto.

Internação hospitalar

Em muitos casos, o tratamento exige internação, oxigênio suplementar e uso de medicamentos específicos, como antibióticos ou antivirais, dependendo da causa.

Cuidados especiais com gestantes

Quando a SRAG atinge uma gestante, é comum que o obstetra e a equipe médica adotem cuidados duplos: para preservar a saúde da mãe e do bebê. Em casos mais graves, pode ser necessário até antecipar o parto.

Como se prevenir?

A melhor forma de lidar com a SRAG é evitar que ela aconteça. Veja algumas orientações práticas para as mamães:

  • Mantenha a vacinação em dia, especialmente contra gripe e COVID-19.

  • Evite locais fechados e com aglomeração durante surtos de infecção respiratória.

  • Lave as mãos com frequência e evite tocar o rosto sem higienização.

  • Se alguém da casa estiver gripado, mantenha distância e use máscara.

Conclusão

Ser mãe é um ato de coragem diária. E parte dessa coragem é saber quando buscar ajuda médica. A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma condição séria, mas com diagnóstico e tratamento corretos, é possível se recuperar plenamente.

Se você está grávida ou no puerpério e notar algo estranho na sua respiração, não hesite. Você não está exagerando — você está cuidando da vida mais importante do mundo: a sua e a do seu filho.