Como reagir a essa pandemia de forma inteligente e segura

Vamos começar definindo o que é diástase abdominal. 

A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo que geralmente acontece durante a gravidez, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor lombar no pós-parto.


Esse afastamento pode chegar até 10 cm de distância e se deve a fraqueza do músculo abdominal, que fica muito esticado devido ao crescimento da barriga durante a gravidez.

No entanto, a diástase também pode acontecer fora da gravidez, especialmente em pessoas que levantam objetos muito pesados numa postura incorreta.


O tratamento para corrigir a diástase abdominal pode ser feito com exercícios físicos, fisioterapia ou, em último caso, cirurgia, principalmente quando o afastamento é maior que 5 cm e os exercícios não foram eficazes para corrigir a situação.


Como Saber Se Tenho Diástase Abdominal

É possível desconfiar de que se está com uma diástase depois do parto ao sentir a região abaixo do umbigo muito mole e flácida ou observar uma protuberância no abdômen ao levantar algum peso, agachar ou tossir, por exemplo.


Para se ter certeza de que é uma diástase abdominal deve-se:

Deitar-se de barriga para cima e pressionar os dedos indicador e médio cerca de 2 cm acima e abaixo do umbigo, e depois; contrair o abdômen, como se fosse realizar um exercício de abdominal.


O normal é que ao contrair o abdômen, os dedos saltem um pouco para cima, mas em caso de diástase os dedos não se movem, sendo possível até mesmo colocar 3 ou 4 dedos lado a lado sem que eles se movam com a contração abdominal.

Algumas situações que favorecem o desenvolvimento da diástase abdominal são ter mais de uma gestação, ter uma gravidez de gêmeos, dar à luz um bebê com mais de 4 kg ou ter idade superior a 35 anos. Quando não está relacionada a gravidez, a diástase normalmente ocorre devido a fraqueza dos músculos abdominais.

Como Acabar Com A Diástase Pós-Parto

As opções de tratamento para curar a diástase abdominal e ficar com a barriga durinha novamente são:

1.  Exercícios físicos para diáteses

·  Prancha lateral.

·  Posturas hipopressivas.

Quando realizamos os exercícios hipopressivos, é como se fizéssemos uma sucção do assoalho pélvico para cima.

Os exercícios podem ser realizados deitados, sentados ou em pé, variando de acordo com a progressão.


·  Pés paralelos, de preferência sem tênis, meias ou descalços. 

Certifique-se que a sua coluna esteja bem alongada, queixo ligeiramente encaixado para a cervical alongar também.

·  Estenda os braços à frente com dedos juntos e punhos estendidos. Certifique-se que os braços também estejam sempre alongados, empurrando na direção do movimento.


·  Faça a flexão dos punhos, suba os braços e siga subindo até a altura dos ombros, sempre empurrando os dedos para fora.

·  Chegando nos ombros, gire os braços e os dedos apontando para frente. Incline o tronco, colocando todo o seu peso nas pontas dos pés.

·  Leve a mão paralela ao chão até encaixar nos quadris.


·  Ao final deixe os joelhos semiflexionados, inspire, solte todo o ar e realize apneia curta (prender a respiração por 10 segundos no momento após a expiração).

·  Desloque os braços ao lado da crista ilíaca e aponte as mãos na altura dos quadris. Os cotovelos e os braços formam um ângulo de 90 graus.

·  Suba os braços como se estivesse "segurando uma bandeja,” o desafio é não subir os ombros.

·  Desça os braços até a altura das clavículas, mantenha os cotovelos apontando para fora. Siga inspirando em dois tempos, expirando em 4 tempos.

·  Não se preocupe com apneia, a postura bem feita, mantendo a coluna alongada, pés paralelos e uma boa ativação do serrátil, já poderão lhe trazer muitos benefícios.

Exercícios Contraindicados Para Diáteses


Os exercícios que são contraindicados para pessoas com diástase patológica são os que distendem o abdômen.

Quando ocorre a distensão abdominal, momento em que o abdômen "estufa” há um aumento da pressão neste compartimento fechado.

Isso pode aumentar ainda mais a distância entre a musculatura e "esticar" mais o tecido conjuntivo, que fica entre a linha alba.


Por isso, deve-se evitar: Abdominal tradicional de erguer a cabeça e o tronco na posição deitada.

Também não faça o abdominal lateral.

 Esses exercícios aumentam a pressão interna do abdome e pioram a diástase quando não bem orientados!

Se você já pratica exercícios, pode continuar fazendo os exercícios de braços e pernas.

Alguns outros abdominais que combinam movimentação de pernas e braços também geram aumento de pressão no abdômen, não favorecendo a recuperação muscular abdominal.

Exercícios com movimentos de rotação de tronco.


Pranchas no chão, em que o abdômen fica para baixo também não são interessantes, pois o peso dos órgãos e vísceras que estão dentro da cavidade abdominal pode tracionar ainda mais essa linha alba (principalmente quando a pessoa não tem uma consciência corporal e não faz a devida contração do CORE).

Exercícios que façam a hiper flexão ou hiperextensão da coluna não são prescritos em fase inicial de recuperação muscular, pois uns tendem a afastar a musculatura e outros pressionam a linha alba.


Exercícios com cargas muito altas na musculação, que não permitam ter o controle muscular e respiratório.

Exercícios de alto impacto e/ou que não permitam a continência urinária, ou seja, exercícios que facilitem o escape de urina.

Entenda que o escape de urina significa que a pressão abdominal está muito alta e os músculos do abdome e do períneo (músculo que segura o escape de urina) não aguentam lidar com essa pressão, prejudicando a tensão gerada na linha alba.


Se notar que os exercícios extenuantes estão distendendo sua região abdominal, suspenda.

É sempre de suma importância que você tenha acompanhamento do profissional especialista em movimento e principalmente em saúde da mulher.

O ideal é que você passe pelo processo de reabilitação e depois volte para as suas atividade físicas com um profissional de educação física que domine o assunto.

Atualmente, os profissionais vêm buscando mais informações sobre o tema e o trabalho interdisciplinar é indispensável.


2.  Fisioterapia para tratar a diástase

Na fisioterapia podem ser utilizado equipamentos como o FES que promove a contração dos músculos.

Esse aparelho pode ser feito durante 15 a 20 minutos e é muito eficiente no fortalecimento do reto abdominal.

3.  Cirurgia para corrigir a diástase

A cirurgia é o último recurso para correção da diástase, mas é muito simples e consiste em costurar os músculos.

Apesar da cirurgia poder ser realizada somente com este intuito, o médico também pode sugerir uma lipoaspiração ou abdominoplastia para remover a gordura em excesso, costurando o músculo para finalizar.

As Principais Técnicas Que Podem te Ajudar a Ter uma Barriga Durinha Durante o Tratamento da Diástase

É recomendado durante o tratamento da diástase:

1.  Manter a boa postura em pé e sentada;


2.  Manter a contração do músculo transverso abdominal durante todo o dia, sendo esse exercício conhecido como abdominal hipopressivo, em que é apenas necessário tentar aproximar o umbigo das costas, encolhendo a barriga principalmente quando estiver sentada, mas deve manter essa contração durante todo o dia.


3.  Evite ao máximo dobrar o corpo para frente, como se fizesse um abdominal tradicional porque ele piora a diástase;

4.  Sempre que precisar abaixar para pegar algo do chão, dobrar as pernas, agachando o corpo e não inclinar o corpo para frente;

5.  Só troque a fralda do bebê numa superfície alta como um muda fralda, ou se precisar trocar na cama, fique de joelhos no chão para não inclinar o corpo para frente;

6.  Use a cinta pós-parto durante a maior parte do dia e até mesmo para dormir, mas não esqueça de manter a barriga encolhida para dentro para fortalecer o transverso abdominal durante o dia.

7.  Além disso é importante não realizar o exercícios de abdominal tradicional, nem o abdominal oblíquo para não piorar a diástase.

Quanto Tempo Pode Durar o Tratamento da Diástase

O tempo de tratamento pode variar consoante o tamanho da diástase, já que quanto maior for o espaçamento, mais difícil será promover a união das fibras somente com exercícios ou fisioterapia.

No entanto em diástase com menos de 5 cm, se o tratamento for realizado diariamente, em cerca de 2 a 3 meses será possível observar a diminuição da diástase.

Quando a diástase atinge os 2 cm pode-se utilizar de exercícios isotônicos, a partir daí a evolução progride de forma mais rápida.

Possíveis Complicações da Diástase

A principal complicação da diástase abdominal é o surgimento da dor nas costas na região lombar. 

Essa dor ocorre porque os músculos abdominais atuam como uma cinta natural que protege a coluna ao andar, sentar e fazer exercícios.

Quando este músculo está muito fraco, a coluna fica sobrecarregada e há um maior risco de desenvolver hérnia de disco, por exemplo. 

Por isso, é importante realizar o tratamento, promovendo a união e o fortalecimento das fibras abdominais.

Conheça também o nosso artigo sobre como emagrecer amamentando

Grande abraço e até a próxima!